domingo, 7 de dezembro de 2008

O coringa


Sim! pode-se dizer que um dia foi um playground, talvez até um parque de diversão pra quem gostava de deslizar no escorregador da praça. Hoje haviam balas ali, pirulitos também, havia lá um pedaço de maria-mole abandonado. Parecia uma oferenda a Cosme e Damião, eu quase os ouvi, não fosse os faróis incovenientes dos raros carros que passam por ali.


Na minha cabeça pode existir qualquer coisa agora, você não vai entender, pois é quase uma confusão lúcida e reveladora, podem existir castelos onde o guardião está nu e você não pode pedir informação alguma, pois ele não vai responder, ele não vai olhar pra você, como estátua lhe despreza e você nem percebe.

Lá na sala de aula, me tornei o melhor aluno, minha cabeça desviada pode perceber quase tudo, mas eu canso sempre quando vejo a hipocrisia na frente, viro as costas desejando não ser eu, mas quem eu sou? Pensei que fosse poeta mas me enganei, outras vezes pensei que eu era um ator,estudei pouco e parei, tentei ser um atleta mas o cigarro me esgotou, agora escrevo merda, pra que? eu não sei, músico? desisti, gosto de cantar e tocar pandeiro, paciência, também não deu.

No conformismo da chatice que o mundo se revela é fácil reclamar, está claro, pode se enxergar a olho nú, somos migalhas do universo, pensando ser reis, somos o bagaço, um pedacinho, mas achamos ser totais, cuspam no espelho quando seu rosto refletir, raspem suas cabeças, vocês são feios! Gosto muito mais dos cães e das vielas vazias, eu tenho idéia do que existe por aí.

Quando me casar na igreja eu vou xingar Deus, vou vomitar no altar e dizer que eu não quero, eu não vou servir, não vou vestir a gravata da mentira no meu pescoço branco, eu não posso, eu sou ateu, sou anarquista, sexista e não gosto de Deus, minha revolução é interna, meus valores? acho que perdi... sou egócêntrico e malvado, posso me disfarçar, sou um coringa, debochado, viciado, pairando no ar.
Robson Deorristt
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O coringa de Robson Deorristt é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Unported.

6 comentários:

Estamira da Silva disse...

E AI GRANDE ROBGOL !@!!

Cara, ai tu te super-ou, na história ai meu, porra meu, tudo mentira cara, tu nem é do movimento cara....
Mas ai, uma verdade é certa, não existe verdade igual a tua bixo. Mais verdade que essa só se for mentira memo... Mas tá tudo nos conforme dos parágrafo, acentução, e até nos copiright.
Isso aí, Grande Curingão, mas não nos diz que torce pros cara aí ó, porrameu, do Corintianus ?!!!!
Esses dias tava eu aqui no meu barato e pensei, pô, será que tem estrelas lá nos São Paulos ??

Anônimo disse...

então. aqui é onde se coloca os comentários?
não sou crítico literário para lhe dar parabéns ou para lhe colocar defeitos. sempre pensei que poetas fossem criaturas que sem ter muito o que fazer ficam juntando palavras com uma caneta e se lamentando, ou talvez se vangloriando por ser uma pessoa como todas as outras, ou seja, apenas mais um!
não esqueça de que somos humanos, não podemos voar, é tudo ilusão. afinal,sempre estamos com os pés no chão,as vezes em cima de uma cama, mas só quem voa é pássaro e alguns e aviões!!
o que mais posso dizer??
para tentar ser um pouco menos chata gostaria de deixar por aqui meu sentimento de respeito por sua pessoa. e do fundo de meus sentimentos lhe desejar sorte com seu pandeiro, suas rizadas,e com seu espirito simples.deixa de lado as lamentações de familia e amores mal resolvidos. tu só vai perder teu tempo com isso, e se tornar mais um poeta nessa cidade sem estrelas.
lembranças...
preciso me identificar???
há dos tres testos esse foi omúnico que gostei!!

Anônimo disse...

MUITO BOM O TRABALHO,MEUS PARABÉNS.

Anônimo disse...

MUITO RUIM O TRABALHO, MEUS PÊSAMES.

Anônimo disse...

MAIS OU MENOS O TRABALHO, UM ABRAÇO.

Anônimo disse...

Alguém ai tem mais um comentário para fazer a cerca das magnânimas palavras deste insuperável doido ? Afinal de contas estamos aí, ganhando um merchanzinho dele, nosso amado poeta, que São Jorge nos proteja, viva a contra-tortura, ops, assim se escreve agora: contratortura.